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domingo, 23 de janeiro de 2011

Perfeição VS Desilusão

As palavras esgotaram-se. 
Tudo o que nos resta agora é mágoa, alguma raiva um do outro.
As coisas acabaram de uma forma estranha e ainda hoje estamos a tentar lidar com isso…parece-me que eu (que saí mais magoada) estou a ultrapassar mais facilmente a barreira que nos separa do que propriamente tu.
A meu ver, apesar de teres seguido a tua vida e eu ter ficado tanto tempo agarrada ao passado, não toleras a hipótese de eu voltar a ser feliz. Não suportas a ideia de voltares a ver aquele sorriso que tanto gabavas, de volta aos meus lábios, agora por outros motivos.
Pergunto, onde esta a criança agora?
Tu é que vives a ignorar coisas que tenham a ver com o nosso passado. Foges tanto que acabas por te enrolar de tal maneira que vives envolvido nas lembranças. Ignoras temas e simples gestos pelo facto de teres medo da realidade de hoje!
Mentes para que tudo fique na mesma. Para que sentimentos como o meu permaneçam intocáveis.
Quem és tu afinal? Um ser mesquinho que finge ser correcto achando-se um homem perfeito quando simplesmente é uma criança que ainda não enfrentou a dura realidade. Coragem? Não! Não é sem dúvida o teu forte! Coragem terias se enfrentasses de vez os problemas…se fosses directo e se tentasses resolver o que até então te faz mal! Criança eu? Não! ao contrario de ti luto todos os dias pela minha felicidade. Enfrento a verdade que me envolve. Hoje não tenho dúvidas de quem sou, da pessoa em que me tornei. E sabes que mais? Apesar de saber o que és hoje, (ou o q simplesmente sempre foste e eu, parva, ignorei) continuo aqui. Falo e continuo a respeitar-te e , tal como me pedis-te uma vez, tenho reflectido muito! Sei o que és, mesmo estando longe. Sei o que se passa na tua vida, mesmo não tendo sido tu a contar-me.

Tenho pena. Pena de ter conhecido a pessoa que hoje conheço. Posso dizer-te neste momento, que és sem dúvida, mais um! Não o ser único que o passado me dizia que eras. Realmente eu fui muito ingénua. Realmente cega … Tudo porque te amei de verdade! Hoje tudo o que vejo, é que és a “réplica” perfeita de um miúdo com a mania que tem um rei na barriga!
O meu maior erro no meio disto tudo foi Amar-te como nunca mais ninguém te amará! ;)

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